O ano de 2015 ainda não acabou, mas o número de óbitos em decorrência da aids na região já é 21,4% maior do que de todo o ano passado. Descuido nas relações sexuais é a principal causa para o crescente número. Hoje, no Dia Mundial de Luta Contra a Aids, a Autarquia Municipal de Saúde realiza uma caminhada para marcar o início da campanha de conscientização da doença.
Em 2014, 56 pessoas faleceram nos 17 municípios cobertos pela 16ª Regional de Saúde de Apucarana. Já neste ano, de janeiro até agora, já foram 68 pessoas, fazendo com que 2015 já se torne o segundo ano com maior número de óbitos dessa natureza nos últimos 12 anos, quando a doença começou a tomar força na região. O pico de casos aconteceu em 2013, com 95 mortes.
De acordo com a coordenadora do Programa Municipal que trata do combate a doenças sexualmente transmissíveis, Elisabete Pereira, várias pessoas estão deixando de se preocupar com a doença, o que faz com que os índices cresçam. “As pessoas estão ficando um pouco descuidadas. Tanto é que boa parte delas, quando se dirigem ao Natta para fazer o teste, já estão com um quadro de aids instalado”, explica.
O Núcleo de Atenção, Testagem e Tratamento de Apucarana (Natta) é uma instituição mantida pela Prefeitura com o objetivo de oferecer orientação à população e acolhida àqueles que foram diagnosticados com HIV. O local realiza testes gratuitos de detecção do vírus. “É um trabalho delicado porque ainda há muito preconceito ao redor da doença. Muitos que são diagnosticados com aids não aceitam, não querem ajuda nem contato do Natta. É difícil”, relata ela.
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